ANÁLISE DE CRÉDITO GESTÃO CRÉDITO
Homem e mulher conversando em escritório lendo papéis

Mercado de crédito no Brasil: Um panorama sobre o tema 

O mercado de crédito no Brasil acompanha o desenvolvimento do Brasil e facilita o consumo de milhões de cidadãos e empresas. Diante de tamanha importância, é possível destacar muitos pontos a respeito da sua evolução ao longo da história no país.

Nesse cenário, também estão os desafios econômicos decorrentes de cada período. O controle da inflação e da taxa de juros, por exemplo, são alguns deles. Atualmente, a oscilação de índices como esses têm alterado os modos de consumo da sociedade assim como outros fatores como os efeitos da pandemia. 

A Taxa Selic, que basicamente se refere ao “custo do dinheiro”, transforma os hábitos da população de diferentes formas. A projeção mais recente (junho de 2022), em 13,25%, tem contribuído para a redução das compras. Afinal, quanto mais alta a Selic é, mais caro é o crediário, o que afasta os cidadãos das aquisições

A Neurotech apresenta agora um panorama completo sobre o assunto. Boa leitura! 

O mercado de crédito no Brasil como aliado do desenvolvimento socioeconômico

O crédito nada mais é do que um adiantamento do valor a ser pago por um produto ou serviço futuramente. Assim, pessoas físicas e jurídicas podem antecipar uma compra sem a necessidade de reunir o montante total para efetuá-la. Isso faz com que cidadãos e organizações tenham a possibilidade de expandir o consumo.

Essa característica permite visualizar o papel do crédito como um agente de desenvolvimento socioeconômico. A circulação de dinheiro e a movimentação de aquisições facilitam os novos investimentos e a produção de bens e serviços à sociedade.

Muitos pesquisadores apontam que mercado de crédito no Brasil está de fato relacionado ao crescimento da economia. Influências ocorreram entre 1947 e 2000, período marcado por diversas transformações, entre elas, o fortalecimento das indústrias, o advento da tecnologia e a implantação do Plano Real. 

Embora o cenário tenha sido instável em certos momentos, o crédito mostrou o seu potencial. A curva de evolução voltou a se acentuar em 2003, o que segue até hoje. O mercado de crédito é, hoje, muito mais importante para a sociedade do que foi há quatro décadas atrás, por exemplo.

A retomada do crescimento, mencionada acima, ocorreu graças a políticas públicas que favoreceram o aumento do crédito, o que gerou o aumento do condsumo das famílias brasileiras.

No entanto, cientistas alertam que a melhora proporcionada pela expansão creditícia não alcança igualmente todas as regiões do país. Além de universalizar o acesso ao crédito no Brasil, o desafio está em garantir o desenvolvimento econômico e social ao maior número possível de cidadãos.

Mas, o que é crédito?

O crédito é um importante instrumento para o complemento da renda dos cidadãos e das empresas. Na prática, é uma fonte extra que simplifica a aquisição de bens ou a contratação de serviços de forma antecipada. Dessa forma ele é um importante ingrediente dentro do mercado no Brasil

Acompanhe o INDC – Índice Neurotech de Crédito

Assim, ele pode ser utilizado para a compra de diversos tipos de produtos e para financiar bens que favorecem a rotina de milhões de empresas e famílias. Ou seja, é possível comprar aquilo que é necessário agora mesmo sem todo o valor do bem.

Bancos, cooperativas e financeiras são algumas das instituições que trabalham com a concessão de crédito. Entre as principais modalidades, estão o cartão de crédito, o cheque especial, o empréstimo e o financiamento.

Mercado de crédito: Os cinco C’s do crédito

Para que as operadoras concedam o crédito com segurança, é fundamental analisar o perfil dos clientes com precisão. O princípio básico em todo o mercado de crédito no Brasil é assegurar a saúde da operação.

A ideia é garantir a capacidade de pagamento e o crescimento saudável da carteira de consumidores que veem o crédito como uma excelente alternativa.

Conheça os cinco C’s utilizados na análise de crédito: 

1. Caráter

Leva em consideração aspectos como o histórico de crédito e o relacionamento com os fornecedores. 

2. Condições

Se refere às condições financeiras da empresa ou pessoa, que, muitas vezes, podem indicar o motivo que leva o cliente à busca por crédito. 

3. Capacidade

Analisa as atuais dívidas do contratante, o perfil desses débitos e de que modo as obrigações já contratadas podem impactar no pagamento de um empréstimo, por exemplo.

4. Caixa

Nesse C, a avaliação diz respeito às perspectivas de geração de caixa na organização, a partir de documentos como o balanço e o demonstrativo financeiro.

5. Colateral

Essa palavra dá significado à contrapartida em bens, exigidos como garantia nas operações de crédito; no caso das pequenas e médias empresas, essa condição é substituída por um avalista.

O papel do mercado de crédito e o comportamento das instituições na economia

O crédito é um dos principais personagens da economia atual. Afinal, os investimentos ocorrem muito graças a ele.

Isso porque o crédito dinamiza o ciclo da economia e permite a aquisição de forças produtivas importantes para a produção de bens e serviços por parte do empresariado. Aos consumidores, o principal benefício está na possibilidade de fazer compras e pagá-las em prestações por meio de: 

– Créditos com garantia: os juros são menores e o cliente não precisa indicar a finalidade do dinheiro;

– Financiamentos: os cidadãos podem adquirir automóveis, motocicletas, imóveis e outros bens de grande valor com diversas opções de parcelamento;

– Empréstimos: sejam eles pessoais, consignados ou por penhores, possuem facilidades como rápido acesso ao crédito, ágil disponibilidade de montantes e custos reduzidos.

Qual o tamanho do mercado de crédito no Brasil?

Os economistas apontam que, até o final de 2022, pelo menos 60% das despesas das famílias brasileiras estarão relacionadas aos cartões de crédito, débito e pré-pagos.

A movimentação deverá envolver mais de R$ 3 trilhões, valor maior que o registrado em 2021: R$ 2,6 milhões. Os dados são da Associação Brasileira de Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).

Em 2021, o maior valor foi somado pelos cartões de crédito: R$ 1,6 trilhão. No débito, o montante foi de R$ 916,3 bilhões.

O uso de cartões para a aquisição de produtos e serviços deve seguir em conta. Além disso, os especialistas apontam um crescimento ainda maior de novidades como o pagamento via PIX ou por aproximação. 

Em relação aos empréstimos, o saldo total foi de 54% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. O índice, referente a dezembro de 2021, foi divulgado em fevereiro de 2022 pelo Sistema Financeiro Nacional (SFN).

O aumento em relação ao igual mês de 2021 foi de 0,1 ponto percentual (p.p). O saldo da carteira de pessoas físicas foi maior do que o crescimento de pessoas jurídicas.

Para o SFN, a evolução macroeconômica será determinante para o mercado de crédito no Brasil em 2022. Movimentações positivas ou negativas nas atividades econômicas, câmbio, inflação e juros serão cruciais nesse sentido.

Quanto movimenta o mercado de crédito no Brasil?

O volume de crédito com recursos livres para pessoas jurídicas atingiu R$ 1,3 trilhão em fevereiro de 2022, com alta de 1,9% no mês e de 17,5% em relação a fevereiro de 2021. Comparado ao mês anterior, a aceleração foi de 16,6%.

Segundo o Banco Central, o desempenho foi registrado entre as principais modalidades de crédito livre para o segmento. Os destaques ficaram por conta de:

– Adiantamentos de contratos de câmbio (ACC);

– Antecipação de recebíveis de crédito;

– Capital de giro com prazo superior a 365 dias;

– Financiamento a exportações;

– Financiamento para a aquisição de veículos automotores. 

A relação entre o mercado de crédito e o PIB do Brasil

O relatório Estatísticas Monetárias de Crédito, elaborado pelo Banco Central, é uma das principais fontes de estudo a respeito do mercado de crédito no Brasil. Os percentuais vêm acompanhados do valor equivalente ao PIB do país. Isso tem um motivo!

Em agosto de 2021, por exemplo, as operações de crédito com o SFN ficaram em pouco mais de R$ 4,3 trilhões, o mesmo que 52,3% do PIB. Ou seja, pouco mais da metade de tudo aquilo que é produzido no país ao longo de um ano. 

Na prática, o cálculo do crédito como proporção do PIB indica a sua importância relativa ao tamanho da economia. Desse modo, permite a comparação entre diferentes países.

Mercado de crédito pelo mundo

Assim como no Brasil, o mercado de crédito influencia o desenvolvimento socioeconômico de países e continentes pelo mundo. Veja, a seguir, como se dá essa relação em algumas economias globais.

EUA

A relação entre o mercado de crédito e o PIB apresenta índices ainda maiores no exterior. Nos Estados Unidos, por exemplo, a média foi de 216% em 2020.

Ao contrário do Brasil, nos Estados Unidos não são necessários altos valores como entrada para os financiamentos. A contratação com juros baixos é garantida graças ao credit score. 

Europa

Já na Europa, o destaque fica por conta do crescimento dos empréstimos online. No continente, as novas soluções tecnológicas dominam o cenário do crédito. 

A movimentação financeira do crédito atingiu os € 104 bilhões em 2014, com expectativas de crescimento moderado para os anos seguintes. Os valores de penetração creditícia ao consumo ultrapassam os € 2500 per capita em países do Norte da região, como Dinamarca, Irlanda e Reino Unido. 

Itália, Portugal e Leste Europeu

Na Europa Continental e do Sul, que inclui nações como Áustria, Itália e Portugal, as médias ficam abaixo dos € 2500. O crédito ao consumo só é menos desenvolvido no Leste Europeu, onde ficam países como Bulgária, Croácia e Sérvia: o volume per capita é menor do que € 1000.

O fato é que a evolução tecnológica tem sido uma das forças responsáveis por incrementar os modelos de crédito. Com a onipresença dos canais digitais, que reduzem custos e melhoram a segmentação de consumidores, a tendência é que a concessão de de valores em toda a Europa aumente cada vez mais.

O que é a expansão do mercado de crédito?

A concessão de crédito aos setores público e privado no SFN aumentou expressivamente a partir de 2003. O bom momento da economia global contribuiu para que a sociedade pudesse consumir mais. 

Entre janeiro de 1997 e dezembro de 2003, os empréstimos cresceram 49,84%. A alta foi de 7,42% (de R$ 253,3 bilhões para R$ 379,5 bilhões).

Mas, como mencionado acima, a expansão foi ainda maior a partir de 2003. De janeiro desse ano a dezembro de 2008, o salto foi de 223,61% (de R$ 379,2 bilhões para mais de R$ 1,227 trilhões).

Quando é considerado apenas o crédito do setor privado à pessoa física, o avanço também foi exponencial. Entre janeiro e dezembro de 2003, o percentual de crescimento foi de 372,72% (de R$ 82,4 bilhões para R$ 389,5 bilhões).

Maior volume de crédito gera crescimento na demanda

A lógica é simples: quanto maior é o volume de crédito destinado às famílias, maior é o impulso à demanda agregada, o que incentiva a produção e o investimento por parte das empresas. Ou seja, os benefícios chegam a todos, dos empresários aos consumidores. 

No mesmo período, também foram registrados crescimentos na concessão de crédito para a indústria e para o setor público. Os aumentos foram de 155,95% (de R$ 115,8 bilhões para R$ 296,4 bilhões) e 110,78% (de R$ 13,4 bilhões para R$ 27,2 bilhões), respectivamente.

O aumento real na renda dos trabalhadores, a queda na taxa de juros das operações creditícias relacionadas à pessoa física e a criação de novas modalidades foram alguns dos fatores que contribuíram para o aumento no volume de crédito entre 2003 e 2008. E, novamente, os avanços são traduzidos em números. 

Mercado de crédito e a participação do consumo

A participação do consumo final das famílias no PIB, que estava zerada em 2006, chegou aos 3,7% em 2007 e atingiu os 4,2% em 2010. Essa conjuntura contribuiu para maiores investimentos em bens de capital, aumentando o fluxo entre o capital fixo e o PIB. 

Desse modo, o período ficou marcado pela expansão do consumo familiar e mecanismos que contribuíram para a oferta agregada: investimentos e exportações. Em resumo, quanto mais crédito no mercado, mais dinheiro garantido para a aquisição de bens e serviços.

Na atualidade, o consumo familiar e o fluxo de investimentos e exportações passaram por diferentes impactos desde 2020. Foi nesse ano que a população mundial adotou uma série de novos hábitos, diante da pandemia. 

Mercado de crédito e a inflação

A inflação segue persistente no Brasil e a conjuntura econômica sugere que a sua desaceleração será mais devagar ao longo deste ano. Especialistas projetam que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) seja de 5,2% em 2022.

As provisões dos principais bancos do país devem ser suficientes para acomodar um possível aumento da inadimplência, outra preocupação dos analistas. A atual situação econômica do Brasil, a inflação e o ritmo de alta de juros são alguns dos principais pontos a serem observados. 

Como anda o mercado de crédito no Brasil?

O mercado e a carteira de crédito como um todo têm apresentado bons números na atualidade. Em julho de 2021, por exemplo, a carteira destinada à pessoa física no Brasil registrou um saldo 50% superior ao registrado em igual mês de 2016; em virtude de novas concessões, chegou-se a um valor 56% maior na mesma base de comparação. 

Já em agosto de 2021, a carteira para pessoa jurídica registrou um saldo cerca de 35% acima da média anual em relação a cinco anos atrás. Apesar dos avanços, a concentração segue no crédito para pessoa física.

Pelo menos 80% estão retidos nos cinco principais bancos do país (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú e Santander). Quando se olha para os financiamentos concedidos às empresas, o índice cai para 63%. 

Dados como esses integraram o relatório Mercado de Crédito em Dados – 1º semestre de 2021, divulgado em outubro de 2021 pelo Instituto Propague.

Entre outros pontos, o estudo também aponta o aumento no nível de endividamento das famílias brasileiras. No entanto, sem ativos problemáticos.

Baseada na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o relatório apontou que 67,2% das famílias se disseram endividadas em agosto de 2021, com índice que sobe para 68,9% entre as famílias que recebem até 10 salários mínimos.

Há de se considerar, no entanto, que apenas 7,7% dos entrevistados disseram não ter condições de arcar com os seus débitos.

Mercado de crédito e a pandemia

A análise acerca do momento atual também exige um olhar para a pandemia. Segundo a pesquisa, no caso das microempresas, o avanço da Covid-19 impactou o microcrédito, contribuindo para que o crescimento das concessões desacelerassem.

Nesse cenário, o percentual que era de 30% de crescimento, entre abril e setembro de 2019, foi para apenas 9% na comparação com o mesmo intervalo de 2020.

O microcrédito para o consumo também viu o seu crescimento apresentar queda: os 30% registrados em março de 2020 caíram para 17% em setembro do mesmo ano. 

Mercado de crédito e ações do governo

Em contrapartida, para minimizar os impactos da crise provocada pela pandemia, o governo adotou diferentes medidas. Foi possível perceber que, apesar das incertezas, a inadimplência não aumentou e a dívida das médias e grandes empresas manteve-se controlada, em baixos níveis históricos. 

Nos gráficos abaixo, é possível conferir o histórico do SFN para atrasos de 15 a 90 dias, que são mais voláteis, mas um importante preditivo, além do atraso acima de 90 dias: 

Gráfico do mercado de crédito segundo o Bacen

Os patamares de atraso e inadimplência estão em níveis mínimos históricos. Eles mostram que as medidas adotadas pelo governo foram eficazes. 

Houve, além de ações do poder público, a possibilidade de repactuar parcelas e a criação de linhas de crédito para os pequenos e médios negócios.

Cabe lembrar que, apesar dos números positivos, o cenário ainda é marcado por incertezas, e pode mudar de acordo com as alterações no risco fiscal do Brasil, novas ondas de contaminação por Covid-19, entre outras questões. 

O mercado crédito e as fraudes

O potencial do mercado de crédito no Brasil é inegável. Mas, diante do fechamento de novos negócios, que ganhou uma nova roupagem graças à transformação digital, impulsionada pela pandemia de Covid-19, as fraudes também aumentaram.

A Serasa Experian aponta que, em 2021, foram registradas 4,1 milhões de tentativas de fraudes financeiras em todo o país. O número é o maior de toda a série histórica, que iniciou em 2011.

Mercado de crédito e o aumento nas fraudes

Lamentavelmente, esses índices tendem a crescer cada vez mais. O cenário de inovações, protagonizado pela chegada do open banking, por exemplo, é um prato cheio para que os criminosos entrem em ação.

Já no primeiro trimestre de 2022, mais de 1 milhão de tentativas de fraudes foram registradas pela Serasa Experian. Somente em março, foram 389.788 ações, 18,9% a mais do que o registrado no mesmo mês de 2021 (327.843).

As fraudes bancárias (56%) e financeiras (17%) respondem pela maioria dos casos, segundo os especialistas. Os três golpes mais conhecidos são: 

1. Clonagem de cartão

É uma das fraudes mais comuns no país. Acontece quando os dados do cartão de crédito de um cliente são inseridos em outro. Com isso, os golpistas fazem compras e quem paga é a vítima.

2. Falsos boletos

Cada vez mais recorrente, a emissão de falsos boletos de energia elétrica, telefonia e outros serviços engana os consumidores. Geralmente, os documentos são enviados por e-mail. O pagamento das contas leva o dinheiro diretamente aos fraudadores.

3. Falsos empréstimos

Esse golpe é marcado pela cobrança de um valor antecipado para a confirmação de um empréstimo. A prática não é permitida no Brasil. Por isso, apenas instituições financeiras de fachada a adotam.

Sendo assim, e diante de um mercado repleto de possibilidades e da crescente digitalização de processos, é fundamental que os consumidores se previnam.

Não clicar em links sem procedência, confirmar a veracidade e a segurança de sites e pesquisar a reputação de empresas são muito importantes para não cair em armadilhas.

O que é a carteira de crédito?

Carteira de crédito é um termo muito comum quando se fala em crédito, a carteira de crédito é uma pasta composta por dívidas, como os empréstimos feitos para a compra de um automóvel ou de uma casa.

Embora os investidores possam construí-las, as carteiras geralmente são mantidas por bancos e outras instituições financeiras.

Apesar disso, outros investimentos diferentes dos exemplos citados acima também são mantidos pelas carteiras de crédito para tornar menos prováveis as falhas catastróficas de investimento.

Em síntese, uma carteira de crédito pode contar com a mistura de diferentes tipos de empréstimos e diversas origens.

Vale lembrar: o tamanho da carteira pode variar de acordo com cada instituição. No entanto, é comum que os estabelecimentos não retenham empréstimos por muito tempo, já que o objetivo está em gerá-los com lucro, evitando as despesas para mantê-los e atendê-los.

A concessão de crédito para pessoa física

O mercado de crédito no Brasil tem como um de seus principais destaques a concessão de crédito para a pessoa física. Nesse sentido, os dados são fundamentais para que a empresa faça uma análise acurada e confiável.

Em suma, a ideia é que o levantamento atenda as necessidades do negócio e seja compatível com os riscos existentes nas transações.

Estudar o perfil do consumidor, com base em seu histórico, faz toda a diferença para que valores de entrada e prazos para pagamento, entre outros itens, sejam bem definidos e a concessão não tenha transtornos.

A concessão de crédito para pessoa jurídica 

Certificar-se acerca da capacidade de pagamento é um dos principais objetivos da análise de crédito. Quando a concessão envolve a pessoa jurídica, conferir qual é a situação financeira do solicitante faz toda a diferença.

Dessa forma, uma verificação acurada da situação financeira do negócio diminui consideravelmente os riscos de inadimplência.

Entre os principais pontos observados estão a análise retrospectiva (histórico do cliente), a análise de tendências (o futuro econômico do consumidor) e a capacidade creditícia (valor que a instituição pode emprestar com base em avaliações anteriores).

Quais são as principais etapas da análise de crédito?

A concessão de crédito para por algumas etapas principais, tanto para pessoa física como para pessoa jurídica. Veja, abaixo, quais são elas, como são aplicadas e qual é a importância de cada uma para ambas as partes..

Análise de condições financeiras

Com documentos pessoais e comprovantes de endereço, renda, entre outros, a instituição financeira está pronta para iniciar a análise. Primeiramente, é necessário verificar como está a saúde financeira do cliente, a fim de verificar se, no futuro, haverá condições para o pagamento de valores.

Análise de restrições

No ciclo seguinte, é verificada a situação do consumidor junto aos órgãos de proteção ao crédito. Os sistemas podem apontar a inexistência de restrições, alertas em solicitações já encerradas, restrições em virtude de pagamentos em atraso e impeditivos causados pelo bloqueio de bens, por exemplo.

Avaliação do perfil de crédito

Dados como os mencionados acima têm seus graus de importância e recebem uma avaliação. Juntos, eles dão origem ao score de crédito que, se é baixo, sinalizam que quem está em busca de crédito não é um bom pagador. 

Análise do comprometimento da renda

Confirmar que as parcelas serão pagas dentro dos prazos previamente estabelecidos marca a última fase da apuração. Para isso, a instituição verifica os comprovantes de renda dos que desejam contratar o crédito.

A Inteligência Artificial no crédito

Seja para ampliar o portfólio de serviços oferecidos aos clientes ou para agilizar a concessão de crédito. A Inteligência Artificial tem se tornado uma grande aliada das instituições financeiras. 

Afinal, a IA é uma verdadeira caixa de possibilidades. Ela permite a análise de um grande volume de dados em segundos, o que é fundamental para auxiliar as empresas na tomada de decisão.

Esse recurso é capaz de identificar rapidamente como é o histórico de pagamento e a inadimplência de cada consumidor. Assim, reduz o risco de atrasos nos pagamentos e eleva o volume de negócios da organização. 

Esse importante aliado tecnológico faz toda a diferença na atualidade. Com ele, além das vantagens mencionadas acima, também é possível mitigar processos operacionais, fidelizar e aumentar o volume de transações.

Os desafios que a Neurotech ajuda a superar 

Por meio da Inteligência Artificial, a Neurotech auxilia empresas a tomar decisões com precisão e velocidade. Rentabilizar mais, minimizar riscos, diminuir custos e prejuízos, além de tratar os clientes de forma personalizada, é possível. Saiba mais!