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O impacto da pandemia na expansão dos serviços de apoio diagnóstico terapêutico (SADTs): tendências pós-Covid

Quais foram os impactos da pandemia de Covid-19 nos serviços de apoio diagnóstico terapêutico (SDATs)? Leia este artigo e descubra!

O que antes era uma misteriosa pneumonia, causada por um agente desconhecido, transformou-se em um dos principais desafios de saúde pública em todo o planeta. Os casos de uma nova síndrome gripal que iniciaram em dezembro de 2019, na China, logo se espalharam pelo restante do mundo, causando uma série de transformações aos serviços de apoio diagnóstico terapêutico (SDATs). 

No Brasil, o primeiro caso de Covid-19 (doença causada pelo novo Coronavírus – Sars-Cov-2) foi confirmado pelo Ministério da Saúde em 26 de fevereiro de 2020. Alguns dias depois, em 11 de março daquele ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou oficialmente a pandemia relacionada à infecção. 

Em pouco mais de três anos, as autoridades e os profissionais de saúde tiveram de enfrentar uma série de obstáculos, a fim de acolher os pacientes da melhor forma possível, diante da gravidade da situação. O aumento no número de serviços, de exames a consultas médicas, por exemplo, exigiu uma atuação ainda mais eficaz por parte das operadoras. 

Ao longo deste conteúdo, você vai descobrir como o alerta global impactou a expansão dos SDATs e de qual forma a tecnologia se faz presente neste cenário. Continue conosco e boa leitura!

Mudança no panorama dos cuidados de saúde

De um lado, a luta para desenvolver vacinas e medicamentos capazes de reduzir mortes e casos graves relacionados à Covid-19. Do outro, a busca pela compreensão dos impactos causados pela doença aos serviços de saúde e à sociedade como um todo.

É fato. Desde 2020, a comunidade científica não tem medido esforços para estudar o cenário epidemiológico em todo o mundo, o que é essencial para garantir tratamentos de qualidade aos pacientes e a assertividade das instituições que acolhem a população. 

O livro Saúde Brasil 2020/2021: uma análise da situação de saúde diante da pandemia de Covid-19 é um dos exemplos de pesquisas bem-sucedidas acerca do tema. Lançado pelo Ministério da Saúde em dois volumes, o conteúdo serviu e ainda desempenha um relevante papel para a tomada de decisão em situações de emergência sanitária. 

Elaborado por mais de 30 especialistas com experiência em instituições no Brasil e no exterior, o material reforça a importância das diferentes estratégias de tratamento, pontua aspectos relacionados à mortalidade e relação com doenças crônicas, entre outros pontos importantes. A saúde mental, por exemplo, foi um dos destaques do levantamento. 

A ocorrência de sintomas depressivos aumentou diante da pandemia, o que também foi impactado pela necessidade de isolamento social e mudanças nas atividades cotidianas. Tópicos como esses exigem uma abordagem multidisciplinar, direcionando esforços na busca pela minimização dos quadros. 

Mas, os efeitos não pararam por aí. Uma série de impactos negativos modificaram a rotina do Sistema Único de Saúde (SUS), conforme pesquisadores da FGV Saúde, da Escola de Administração de Empresas de São Paulo, vinculada à Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Cenário pandêmico no Brasil

Apesar dos esforços da rede para atender os pacientes com Covid-19 sem represar os atendimentos não urgentes e/ou relacionados a outras doenças, a situação foi alarmante. Houve diversas reduções de acolhimento aos cidadãos, sobretudo no primeiro trimestre da pandemia, com crescimento até o final de 2020: 

  • Cirurgias de baixa e média complexidade: -59,7%
  • Transplantes: -44,7%
  • Consultas médicas: -42,5%
  • Procedimentos de triagem: -42,6%
  • Diagnósticos: -28,9%
  • Intervenções de alta complexidade: -27,9%
  • Tratamentos e procedimentos por lesões externas: -19,1%

O Brasil foi apenas uma das centenas de nações afetadas pelo cenário pandêmico. Uma pesquisa feita pela OMS entre novembro e dezembro de 2021 apontou que 90% dos países do globo tiveram de enfrentar incontáveis transformações diante da emergência sanitária. 

A necessidade de ampliar tratamentos intensivos forçou operações a reordenar investimentos. Com mais desigualdades humanas e financeiras, houve piora na realização de procedimentos, consultas, etc, como destacamos acima. 

Cenário desafiador para as Operadoras de Saúde

De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), as operadoras de planos médico-hospitalares do país apresentaram o pior desempenho da história no segundo semestre de 2022: prejuízo de R$ 4,4 bilhões. Somado a isso, os planos de saúde tiveram um resultado líquido negativo de R$ 1,7 bilhão. 

Montantes como esses têm uma explicação: o aumento nas despesas e nos custos, frente à necessidade de realizar procedimentos não eletivos que foram representados durante o pior período da pandemia. Com internações, tratamentos e outros exames em alta, os valores necessários para dar assistência aos pacientes expandiram consideravelmente.

Especialistas destacam que, conectado a esse ponto, estão a aprovação do Piso da Enfermagem e inúmeros questionamentos acerca de correções nos serviços ofertados à população. Dúvidas quanto ao reajuste salarial de profissionais e a falta de correções nas mensalidades, por exemplo, ampliam os riscos de colapsos, tornando a saúde algo cada vez mais caro para uma parcela da sociedade.

Índices como esses sublinham os inúmeros desafios enfrentados pelo Brasil quanto ao combate à pandemia. Apesar de reforços no SUS e uma série de investimentos na rede pública, é possível constatarmos que o colapso nas operações atingiu a população de muitas formas. 

Aceleração da digitalização e da tecnologia

Houve, além dos desafios que mencionamos acima, uma tendência de aceleração da digitalização e do uso de recursos tecnológicos de ponta diante da pandemia. A nova realidade se fez presente nos mais variados segmentos empresariais, o que exigiu adaptações. 

O processo de transformação digital acelerou com extrema rapidez por conta do panorama de emergência iniciado em 2020. Segundo a 33ª edição da Pesquisa Anual sobre o Mercado Brasileiro de TI e Uso nas Empresas, divulgada em maio de 2022 pelo pelo Centro de Tecnologia da Informação Aplicada (FGVCia) da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGV EAESP), as mudanças ocorreram no tempo esperado para quatro anos. 

Pelo menos 80% dos executivos estão agilizando os planos para digitalizar processos e implementar o uso de recursos de ponta. Além disso, metade deles (50%) pretende automatizar algumas das funções de suas empresas, de acordo com o relatório mais recente do Fórum Econômico Mundial. 

No universo das operadoras de saúde, o que um dia foi imaginável, também se tornou algo relativamente comum, sobretudo diante da necessidade de isolamento social. A tecnologia foi essencial para que muitas instituições passassem a disponibilizar consultas de telemedicina aos clientes. 

E elas certamente vieram para ficar! O diálogo com um profissional de saúde tem ocorrido desde então por meio de múltiplas plataformas que, com segurança, garantem diagnósticos precisos, compartilhamento e solicitação de exames por parte dos médicos, etc. 

Expansão do uso da Inteligência Artificial e análise de dados

A partir do aumento de exames e consultas médicas, há também um número maior de despesas e receitas das operadoras e seguradoras de saúde. Sem esquecer, é claro, do incremento relacionado à abertura de sinistros.

Quando o assunto são os serviços de apoio diagnóstico terapêutico (SADTs), a Inteligência Artificial e a análise de dados podem ser excelentes soluções. Afinal, a IA é capaz de auxiliar na detecção de abusos em reembolsos e controlar uma série de riscos.

A Neurotech Saúde possui o Neurolake, um lago de dados que é perfeito para isso! Prontos para uso, com a finalidade de criar e treinar modelos preditivos, ele aumenta a performance dos modelos em produção e concebe variáveis a partir de padrões brutos. O funcionamento é simples: a partir de um CPF ou CNPJ, é possível validar centenas de fontes externas públicas e privadas, com preenchimento automático e decisão final em poucos segundos.   

Essa operação é fundamental para a cotação de apólice (enriquecimento de informações) e emissão de apólice (redução de riscos na cotação). Ou seja, conhecer o perfil do consumidor e garantir a segurança das operadoras de saúde nunca foi tão fácil!

Inteligência Artificial na prevenção e no monitoramento de doenças

É isso mesmo! Além de detectar possíveis abusos com eficiência, a IA também tem sido essencial para a prevenção e o monitoramento de muitas enfermidades. A nossa solução em saúde é composta por redes neurais complexas.

Juntas, elas vão muito além do reconhecimento de modificações em imagens. Os seus algoritmos são capazes de reconhecer padrões em um determinado grupo de dados e, assim, viabilizar o desempenho de atividades de decisão e predição.

Em resumo

A pandemia de Covid-19 trouxe inúmeros desafios, mas também oportunidades para os serviços de apoio diagnóstico terapêutico. A expansão dos SADTs no atual cenário está impulsionada pela aceleração digital, com ênfase na prevenção, no uso de tecnologias avançadas e na integração de soluções de saúde. 

Essas tendências estão moldando um novo paradigma de cuidados de saúde. Assim, permitem a detecção precoce de doenças, o monitoramento remoto e o atendimento mais ágil e personalizado aos pacientes. 

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