Demanda por crédito cresce 7% em 2022

Apesar do desempenho negativo no segundo semestre, alta na primeira metade do ano compensou perdas

A demanda por crédito no Brasil cresceu 7% no acumulado do ano passado. O incremento da busca por financiamentos foi concentrado nos seis primeiros meses de 2022, que registraram ganho de 24% em relação ao mesmo período de 2021. Os dados são do Índice Neurotech de Demanda por Crédito (INDC), indicador que mede mensalmente o número de solicitações de financiamentos nos segmentos de varejo, bancos e serviços.

Já entre julho e dezembro, houve uma queda de -7%, com quase todos os meses registrando desempenho negativo, exceto novembro.

“Em 2022, tivemos inicialmente um aquecimento do mercado, mas que veio acompanhado do crescimento forte da inadimplência. Este movimento fez com que as instituições financeiras colocassem o pé no freio na oferta de crédito. As campanhas de marketing foram reduzidas assim como houve uma maior seletividade dos canais de distribuição. Tudo isso provocou o desempenho negativo do INDC na segunda metade do ano”, explica Breno Costa, diretor da Neurotech.

Por segmento

O maior crescimento no ano foi do setor de serviços, que registrou alta de 11%. O varejo aumentou 10% e bancos 5%. No mês, enquanto varejo e financeiro subiram mais de 30% em relação a novembro, a demanda dos serviços recuou 19%. Segundo Costa, a recuperação no varejo já era esperada por conta das vendas de fim de ano, que fomentam a busca por financiamento.

“O final de ano é sempre mais aquecido para as concessoras de crédito, principalmente quando falamos em comércio. Há o incremento das vendas provocado pelo Natal e da renda com o pagamento do 13º e férias que são utilizados por muitas famílias para quitar dívidas ou ampliar o consumo”, diz.

Varejo

O ranking por segmento no acumulado do ano, considerando apenas o varejo, ficou assim: supermercados (+26%); lojas de departamentos (+21%); vestuário (+17%). Acumularam queda no ano: outros (-30%); moveleiro (-15%) e eletroeletrônicos (-4%).

Na visão de Costa, o cenário de maior cautela com relação à oferta de crédito deve se manter neste ano. “As pessoas querem consumir. No entanto, há o elevado endividamento e comprometimento da renda, o que faz as concessoras terem um cuidado adicional ao ofertar crédito, ainda mais diante do forte aumento da inadimplência e do cenário incerto para 2023, provocado pela mudança de política econômica”, complementa. 

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